As vítimas ‘esquecidas’ de Sandy no Caribe

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5 de novembro de 2012 por Edê


RT
Organização Autônoma sem fins lucrativos TV-Novosti
Adital

Tradução: ADITAL

Dezenas de mortos e feridos, milhares de pessoas sem casa e fundos escassos para a reconstrução. Enquanto o foco dos meios de comunicação se centra nos Estados Unidos, a tremenda devastação deixada pela tormenta Sandy, em sua passagem pelo Caribe, já parece esquecida.

Segundo dados preliminares, Sandy deixou 54 vítimas mortais no Haiti, 11 em Cuba, 2 nas Bahamas, 2 na República Dominicana, 1 na Jamaica e 1 em Porto Rico.

Haiti, o mais atingido

Apesar de que Sandy atingiu sobretudo a Jamaica e Cuba antes de rumar para as Bahamas e para os EUA, o Haiti contabilizou a maior quantidade de vítimas, com um balanço de 54 mortos, aos que se deve agregar 19 feridos e mais de 10 desaparecidos.


AFP

O ciclone aprofundou a crise nesse país caribenho, levando em conta que o Haiti contava com aproximadamente 400 mil pessoas sem habitação desde o devastador terremoto de janeiro de 2010. Sandy agregou a essa lista mais 200 mil pessoas. Agora, o governo haitiano teme que a devastação causada por Sandy possa aumentar o número de vítimas de cólera no país: somente no último mês, foram reportados 86 novos casos.


AFP

Mais destruição

Sandy chegou à Jamaica na quarta-feira pasada, deixando dezenas de famílias sem teto e causando danos estimados em 16,5 milhões de dólares, segundo informou a Primeira Ministra do país, Portia Simpson Miller.


AFP

Em Cuba, a tormenta matou 11 pessoas em Santiago de Cuba e nas províncias de Guantanamo. Uns 5.000 edifícios foram parcialmente destruídos e 30 mil habitações ficaram sem teto.


AFP

Nas Bahamas e em Porto Rico, Sandy obrigou centenas de famílias a abandonarem suas casas em busca de um refúgio seguro. Na República Dominicana, mais de 18 mil pessoas tiveram que ser evacuadas e umas 3.500 casas ficaram destruídas.


AFP

Ante a escassez de alimentos, alguns desses países e, sobretudo, o Haiti, encontram-se ante o risco de não só não ser reconstruídos como também à beira de distúrbios civis, a menos que chegue imediata ajuda humanitária.

Sandy poderia obrigar a transferir as eleições presidenciais dos Estados Unidos
A transferência acarretaria sérios problemas adicionais

As consequências da supertormenta Sandy poderiam afetar as eleições presidenciais previstas para o dia 6 de novembro próximo e até obrigar sua transferência, segundo a Casa Branca.

Sandy já fez com que os candidatos à presidência tenham que suspender temporariamente suas campanhas eleitorais e impossibilitou a votação antecipada em algumas zonas.

O furacão provocou inundações e apagões massivos, deixando sem eletricidade a aproximadamente 8 milhões de casas na costa oeste.

Como, em algumas áreas, o restabelecimento do subministro de energia poderá demorar vários dias, estima-se que no dia da votação o problema ainda não esteja solucionado, o que, sem dúvida, dificultaria o processo de votação, especialmente se for eletrônica.

Nesse contexto, surge a questão da possibilidade de transferir as eleições. Jay Carney, Secretário de Imprensa da Casa Branca, estima que isso talvez aconteça. No entanto, o presidente Barack Obama ou o Congresso (que tem a prerrogativa de fixar as eleições) tomariam a decisão sobre tal transferência. Porém, informou que isso acarretaria uma série de dificuldades, já que em alguns Estados poderia ser necessário realizar duas jornadas eleitorais, o que duplicaria os gastos. Outra opção seria prorrogar as horas de votação.

Nas áreas com votação eletrônica, poderiam ser utilizados boletos de papel, caso persistam os problemas de falta de energia. Também poderiam mudar a localização de alguns colégios eleitorais atingidos. No caso de que seja imprescindível, a Agência Federal para a Gestão de Emergências dos EUA está disposta a prestar o apoio necessário aos Estados atingidos por Sandy, segundo informou na segunda-feira passada o chefe da Agência, Craig Fugate.

Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=71785

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